Meu nome é Luíza Alvim, sou pesquisadora de Cinema e viajante pelo mundo.
Em muitas viagens, procurei locais de sequências importantes do cinema. Outras vezes, visitei lugares e descobri os filmes depois. Numa terceira categoria, o motivador foi um livro que tenha sido adaptado pelo cinema. Faço aqui uma montagem com textos e fotos dessas experiências.
Piranhas, Alagoas (Brasil) e "Bye, bye Brasil" (Carlos Diegues, 1979)
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Em 24 de maio de 2020, estava vendo o filme "Bye bye Brasil" (Carlos Diegues, 1979), parte da minha pesquisa de pós-doutorado. O filme começa numa cidadezinha do Nordeste brasileiro, aonde chega a caravana de artistas. Imediatamente reconheci a localidade de Piranhas, em Alagonas, onde estive em 2005, pois as locações e os planos do filme era semelhantes às minhas fotos.
Normalmente, quando vou aos lugares, tenho as referências fílmicas e tento ir atrás delas, fotografá-las, mas esse foi um caso do lugar antes do filme. E Piranhas não mudou quase nada de 1979 para 2005...
Foto do filme
Foto minha de julho de 2005
Foto do filme
Foto minha de julho de 2005
Filme:
Outra foto de Piranhas vista do rio São Francisco, julho de 2005:
A combinação do título pode parecer estranha, ainda mais se o/a leitor(a) levar em conta o tipo de filme que costuma ser lembrado nesse blog. Mas você não leu errado: vamos da Antiguidade clássica a um clássico da ficção científica dos anos 1970, um filme com várias características do gênero épico praticado por Homero e Virgílio - e tudo isso nas terras da Tunísia. Desde a escola, tenho loucura por História Antiga e muita vontade de ver com os meus olhos os lugares, sejam históricos ou mitológicos e mesmo que só tenham restado poucas ruínas. Na atual Tunísia, as viagens de aventuras e desventuras na volta da Guerra de Troia tanto do personagem vencedor Odisseu (ou, na versão romana, Ulisses, sendo a "Odisseia" a sua saga), de Homero, quanto o vencido Eneias (que, na sua "Eneida", vai de vencido a vencedor, pois Eneias está nas origens míticas do Império Romano que dominará toda aquela parte do mundo), de Virgílio, encontram pontos de parada. Eneias aporta na colô...
Em 2017, já me encaminhando para o final de uma pesquisa sobre cinema moderno francês, faltavam alguns poucos filmes para assistir, de difícil acesso. Um deles era "La mère et l´enfant" ("A mãe e a criança") documentário curta-metragem de Jacques Demy de 1959. Descobri que havia uma cópia no Centre National du Cinéma et de l´Image Animée (CNC), localizado em Bois d´Arcy, vilarejo na periferia oeste de Paris. Assim, durante uma viagem, em fevereiro de 2017, pude, finalmente, ver o filme no CNC. Saindo de Paris, peguei o RER C (o RER é um sistema ferroviário que faz a ligação de Paris a localidades nos arredores) e deveria saltar na estação de Fontenay le Fleury, próxima a Bois d´Arcy. Porém, o RER C enfrentava na época várias interrupções da linha, saltei em Saint Cyr, mas perdi o ônibus para Fontenay. Como me disseram que o tempo de caminhada seria de 20 minutos, praticamente o mesmo tempo de espera do ônibus, resolvi ir andando. Embora estivesse carregando o peso ...
Talvez desde 2007 tenham chegado alguns filmes romenos a festivais e ao circuito brasileiro, mas foi com o filme alemão "Toni Erdmann" (2016), da diretora Maren Ade, que a cidade me chamou a atenção, principalmente pelas áreas verdes. Embora o filme não tenha tantas cenas em exteriores, há um clímax antes do epílogo, que se passa num parque. Essa imagem me ficou na cabeça. Visitei Bucareste no final de fevereiro de 2019. Tinha um pouco de neve, mas os parques em geral estavam verdes. Não revi "Toni Erdmann", portanto, as imagens que tinha da cidade e do filme eram muito fluidas. Este é o parque Ci șmigiu, perto do hotel onde estávamos. As latas de lixo de cada parque são diferentes, como pude perceber pelos outros que visitei. Pelas imagens do filme, chego à conclusão que o parque do filme é o Unirii e que seria próximo ao local onde mora a protagonista Ines (Sandra Hüller). Ela é uma executiva alemã, que trabalha numa empresa em Bucareste e tem sonhos carreiristas...
Que lindo!
ResponderExcluirE não é longe da terra da minha mãe! Mas só vim a conhecer em 2005.
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