Meu nome é Luíza Alvim, sou pesquisadora de Cinema e viajante pelo mundo.
Em muitas viagens, procurei locais de sequências importantes do cinema. Outras vezes, visitei lugares e descobri os filmes depois. Numa terceira categoria, o motivador foi um livro que tenha sido adaptado pelo cinema. Faço aqui uma montagem com textos e fotos dessas experiências.
Piranhas, Alagoas (Brasil) e "Bye, bye Brasil" (Carlos Diegues, 1979)
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Em 24 de maio de 2020, estava vendo o filme "Bye bye Brasil" (Carlos Diegues, 1979), parte da minha pesquisa de pós-doutorado. O filme começa numa cidadezinha do Nordeste brasileiro, aonde chega a caravana de artistas. Imediatamente reconheci a localidade de Piranhas, em Alagonas, onde estive em 2005, pois as locações e os planos do filme era semelhantes às minhas fotos.
Normalmente, quando vou aos lugares, tenho as referências fílmicas e tento ir atrás delas, fotografá-las, mas esse foi um caso do lugar antes do filme. E Piranhas não mudou quase nada de 1979 para 2005...
Foto do filme
Foto minha de julho de 2005
Foto do filme
Foto minha de julho de 2005
Filme:
Outra foto de Piranhas vista do rio São Francisco, julho de 2005:
Em 24 de fevereiro de 2020, numa parada muito rápida para trocar de trem em Marseille, indo de Nice a Paris, aproveitei para ir em busca de alguns lugares do livro "Em trânsito", de Anna Seghers (1900 – 1983). Nascida na Alemanha, judia e comunista ( seu nome de origem é Netty Reiling, Radvanyi é o sobrenome de casamento, sendo Anna Seghers seu pseudônimo) escreveu o livro nos anos 1942 – 1943, durante seu exílio no México, para onde fugiu num percurso inicial (Alemanha - Paris - Marselha) semelhante ao de seu protagonista. No filme Em trânsito (2018), o diretor alemão Christian Petzold faz uma adaptação em que recupera trechos do livro, sem alterar a época dos anos 1940, mantendo elementos de direção de arte porém, situando a história nos espaços de Paris e Marseille do final dos anos 2010. Foi o filme (maravilhoso) que me levou ao livro, que me impressionou muito também. Já tinha ido a Marseille diversas vezes, conhecia alguns espaços, outros, não e, durante a leitura,
Desde muito jovem, tinha curiosidade pela Ilha de Marajó e não sei explicar por quê. Vinham-me imagens de búfalos, rios, talvez alguma coisa de arte marajoara. Parecia-me um lugar muito, muito distante (e realmente é para quem mora no Sudeste do Brasil). Em 1994, tive a oportunidade de morar um mês em Oriximiná, cidade às margens do rio Trombetas, no Pará, mas que ficava bem longe da capital Belém e do Marajó. Somente muitos anos depois, em setembro de 2019, voltei ao Pará por ocasião de um congresso acadêmico em Belém e tentei tornar possível a ida ao Marajó. Curioso que, no início de 2019, ao preparar um curso sobre Villa-Lobos, vi o filme "Argila" (1942) de Humberto Mauro, cujo tema é justamente a cerâmica marajoara. Este mapa da ilha e do estado do Pará aparece no próprio filme: Inicialmente em Belém e antes do congresso, fui visitar o Museu do Forte do Presépio e lá me deparei com uma sala dedicada às culturas indígenas do Marajó e outras do esta
Talvez desde 2007 tenham chegado alguns filmes romenos a festivais e ao circuito brasileiro, mas foi com o filme alemão "Toni Erdmann" (2016), da diretora Maren Ade, que a cidade me chamou a atenção, principalmente pelas áreas verdes. Embora o filme não tenha tantas cenas em exteriores, há um clímax antes do epílogo, que se passa num parque. Essa imagem me ficou na cabeça. Visitei Bucareste no final de fevereiro de 2019. Tinha um pouco de neve, mas os parques em geral estavam verdes. Não revi "Toni Erdmann", portanto, as imagens que tinha da cidade e do filme eram muito fluidas. Este é o parque Ci șmigiu, perto do hotel onde estávamos. As latas de lixo de cada parque são diferentes, como pude perceber pelos outros que visitei. Pelas imagens do filme, chego à conclusão que o parque do filme é o Unirii e que seria próximo ao local onde mora a protagonista Ines (Sandra Hüller). Ela é uma executiva alemã, que trabalha numa empresa em Bucareste e tem sonhos carreiristas
Que lindo!
ResponderExcluirE não é longe da terra da minha mãe! Mas só vim a conhecer em 2005.
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